domingo, 31 de maio de 2009

Borboletas


Sumi! Daqui pelo menos sou figura cada vez mais rara, não queria que fosse assim, mas sou um antro ambulante de indiciplina e preguiça.

Claro que sempre mil assuntos povoam minha cabeça, alguns relevantes para escrever, porém comprometeriam o bom andamento da minha vida pessoal, portanto eu simplesmente não escrevo, para não cair na tentação de publicar.

Mas o de hoje nada tem de protesto, nada tem de revolta, nem de ironia ou critica, como geralmente meus posts são, hoje estou bundona (com o perdão da palavra) e pateticamente romântica vou só falara das borboletas.

Cretinamente fútil é a vida de quem só olha as borboletas diria qualquer um. Como seria essa pessoa que acordaria cedo, todos os dias, ria ao parque e por lá ficasse o dia todos a olhar borboletas? Alienada? Louca? Deprimida? Feliz? Ou só apreciadora de borboletas?

Não sei, mas certamente ela vê e sente coisas muito mais bonitas e fortificantes do que venho sentido e visto ultimamente, claro que se fosse um gráfico, a realidade haveria picos com alto índice de felicidade e picos onde essa mesma felicidade seria negativa, a famosa infelicidade.

Eu, por escolha pessoal, preferia essa gangorra louca de sentimentos, acontecimentos e sensações, mas a pessoa que vê borboletas não, ela só escolheu ver borboletas. Com cores diferentes, tamanhos variados e danças hipnotizantes no ar.

Claro, o parque tem um lago bem sujo, que poderia ser bem cuidado, algumas pixações nos bancos, horário para abrir e fechar, muitas vezes o tempo não colabora e ainda existe o perigo de crianças assustarem as borboletas com seus gritos e correrias. Mas ela nunca vê nada disso, quando não tem borboletas, ela simplesmente senta e espera, pois sumir, elas nunca somem.

Hoje, não vejo borboletas todos os dias, mas aprendi, olhando quem vê borboletas todos os dias, que posso no mínimo visitá-las ás vezes, que nem tudo precisa ser louco, rápido, insano, intenso... A paz também deve fazer parte da vida, vou ver coisas boas em lugares ruins, e sentir coisas boas em lugares bons. Alienar-me do ruim e assim conseguir plantar uma semente boa em quem só vê a insanidade, se todos vissem borboletas, não sairiam pixando bancos ou sujando o lago, o mundo poderia ser melhor...